Bonecas Reborn Viralizam no Brasil e Geram Debate Nacional
Uma tendência curiosa está a chamar a atenção de milhões no Brasil e já se tornou viral: as bonecas reborn, réplicas extremamente realistas de bebés, estão a ser tratadas por muitos como se fossem filhos de verdade.
Estes "bebés" de silicone e vinil ganharam popularidade nas redes sociais, onde vídeos de pessoas a alimentá-las, dar banho, passeá-las e até levá-las ao hospital são partilhados diariamente. Para alguns, as bonecas servem como apoio emocional, terapia contra a perda ou treino de parentalidade. Para outros, há um exagero que ultrapassa o saudável.
Recentemente, esta tendência foi parar até aos parlamentos brasileiros. No Rio de Janeiro, a câmara municipal aprovou uma homenagem a artesãos de bonecas reborn, enquanto no Amazonas um deputado propôs proibir o atendimento médico a essas bonecas no sistema público – mesmo sem qualquer prova de que isso esteja a acontecer. A deputada Talíria Petrone criticou o foco dado ao tema, chamando atenção para questões mais urgentes que merecem prioridade.
O fenómeno não é apenas emocional – é também comercial. Uma loja em Minas Gerais que se apresenta como uma "maternidade reborn" vende entre 20 e 30 bonecas por mês, movimentando mais de R$ 40 mil. No entanto, o sucesso também trouxe problemas: uma loja em Curitiba foi assaltada e os ladrões levaram 15 bonecas, num prejuízo superior a R$ 50 mil.
Apesar das controvérsias, os eventos dedicados às “mães de reborn” continuam a crescer. Encontros como o realizado em São Paulo mostram que, para muitas pessoas, estas bonecas são mais do que um hobby – são parte da família.
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